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Justiça decreta prisão de autores de ataque a juiz de Tuntum

Orleany Vieira Cruz, Orleans Moreira Cruz, Sandro Borges e Otoniel  Teixeira da Silva, vulgo “Gordo”, acusados de delitos, entre eles  pedofilia e ataque à casa do juiz Pedro Henrique Pascoal, figuram na  lista de primeiros presos da operação deflagrada pelo Judiciário  estadual para combate vigoroso ao crime organizado na Comarca de Tuntum.  As ações recebem apoio do Ministério Público e Secretaria de Segurança  Pública.

 

O presidente do Tribunal de Justiça, Jamil Gedeon, o corregedor-geral  da Justiça, Antonio Guerreiro Júnior, e representantes do MP e da  Polícia discutiram na segunda-feira, 9, medidas que resultaram em  prisões e na apuração de delitos de grave repercussão social no  município a 375 km da capital. A atuação conjunta vem atender anseio da  comunidade. A reunião se estendeu até a madrugada.

 

“Autoridades e o povo de Tuntum uniram forças contra o crime organizado”, disse Guerreiro Júnior.

 

O corregedor anunciou pela manhã uma força-tarefa de cinco juízes  para análise de processos criminais em tramitação na comarca. O grupo  começa a trabalhar esta semana e terá autonomia para tomar as medidas  que achar necessárias, inclusive decretar prisões.

 

Tuntum viveu terça-feira de reuniões e de desagravo a Pedro Holanda  Pascoal. A sociedade compareceu em peso ao ato público e exigiu a  investigação de crimes e a punição dos culpados.

Prefeitura fraudou documento para aumento de IPTU

Segundo o relatório do Ministério Público Estadual (MP), a Prefeitura  de São Luís fraudou a validação técnica da nova Planta Genérica de  Valores (PGV) para fim de cálculo do Imposto Predial e Territorial  Urbano (IPTU) 2011. No documento, que recomenda o pedido de  inconstitucionalidade da Lei 5.392/2010 (que alterou a PGV este ano), o  promotor José Osmar Alves, titular da 20ª Promotoria de Defesa da Ordem  Tributária e Econômica, afirma que as entidades ouvidas não aprovaram a  nova tabela, mas a prefeitura registrou em ata o contrário.

 

Conforme  o artigo 201 do Código Tributário do Município (Lei 3.578/98), qualquer  alteração do valor venal dos imóveis precisa antes ser homologada por  um corpo técnico especializado, formado por representantes do setor  empresarial, imobiliário, construção civil e órgãos de defesa do  consumidor. Essas entidades deveriam ser ouvidas antes do encaminhamento  da Planta Genérica de Valores para apreciação da Câmara de Vereadores  da capital. Isso ocorreu no ano passado, mas de forma fraudulenta,  conforme o MP.

 

Segundo o relatório da 20ª Promotoria de  Defesa da Ordem Tributária e Econômica, a Prefeitura de São Luís  realizou duas reuniões: uma no dia 11 de novembro e outra 24 de  novembro, com representantes de seis entidades: a Associação Comercial  do Maranhão (ACM), o Conselho Regional de Imóveis (Creci), Sindicato da  Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Conselho Regional de  Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Federação das Indústrias do  Maranhão (Fiema) e Federação do Comércio do Maranhão (Fecomércio). Mas,  nas duas reuniões, foram excluídos representantes do direito do  consumidor, como a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor  (Procon) ou a Promotoria de Defesa do Consumidor. Três entidades  participaram do primeiro encontro e outras três, do segundo.

 

Na  primeira reunião, na qual participaram apenas o Crea, Creci e ACM, está  descrito na ata que após a explanação dos valores da nova PGV, com base  em estudo realizado pela empresa Aerocarta S.A Engenharia e  Aerolevantamento, "os membros participantes desta reunião aprovaram por  unanimidade a validação da Planta Genérica de Valores - PGV apresentada  pela Prefeitura de São Luís".

 

Contradição

Ao  Ministério Público, porém, o representante da ACM na reunião, Douglas  Pinho, disse que o encontro serviu apenas para apresentação de  critérios, não de aprovação de valores. "O representante da Associação  Comercial disse que na oportunidade foram apresentados apenas os  critérios, não tendo havido qualquer votação em relação a eles, tampouco  à Planta de Valores Genéricos, que sequer foi apresentada aos  participantes. Apenas hoje o declarante tomou conhecimento da ata",  aponta o relatório. José da Graça Garcia, representante do Creci,  confirmou a informação de Douglas Pinho e ratificou a não aprovação da  PGV.

 

Da segunda reunião, participaram representantes da  Fiema, do Sinduscon e da Fecomércio, e em ata a Prefeitura também  registrou que "os membros participantes dessa reunião aprovaram por  unanimidade a validação da Planta de Valores Genéricos [PGV] apresentada  pela Prefeitura de São Luís e solicitaram uma pequena alteração no  valor do reajuste nas áreas que receberiam 100% do valor de reajuste  para um valor entre 80% e 75% e solicitaram uma simulação para análise  na próxima reunião".

 

Mas na ata seguinte existe o registro  do presidente da Fiema, Edilson Baldez, de que a falta de mapas da  cidade e do cadastro dificulta o entendimento das entidades sobre o  tema. Além disso, Baldez afirmou na reunião que não havia representantes  do direito do consumidor e que era necessária uma pesquisa sobre a  renda dos proprietários.

 

Em depoimento ao Ministério  Público, as pessoas que estiveram presentes na reunião declararam o  contrário do que está registrado em ata. "Nenhum material foi  distribuído pela prefeitura, nem antes, nem depois da reunião, embora  tenham solicitado". Eles ainda acrescentaram nos depoimentos que não  houve qualquer votação para a aprovação da Planta Genérica apresentada  pela Aerocarta. "Os representantes das entidades civis foram unânimes no  sentido de que se deveria fazer estudo mais detalhado do trabalho  técnico da Prefeitura de São Luís", diz trecho do relatório



entedendo os esportes radicais

entedendo os esportes radicais

Desde a década de 60, uma nova tendência esportiva vem crescendo vertiginosamente: são os esportes não-formais, aqueles cuja principal característica é fugir do trivial, ou seja, escapar dos convencionais esportes coletivos praticados com bolas em quadras ou campos. Mais do que simples práticas esportivas, essas modalidades constituem um estilo de vida, já que, embutido nelas, encontra-se um modo de se vestir, falar, comportar-se, enfim, um cotidiano próprio.

Além disso, uma condição quase essencial é o contato com ambientes naturais — como praias (surfe, windsurfe, paraglide), bosques (paintball), florestas e montanhas (montanhismo e escalada técnica), cachoeiras (rapel), rios (canoagem), até mesmo o ar (pára-quedismo) ou ambientes arquitetônicos adaptados à prática — a urbanidade das ruas, praças, escadarias, corrimões, etc. (esqueite, patinação on line, ciclismo), pontes e viadutos (bungee jumping) e estradas secundárias, na sua maioria, de terra (rally). Assim, de acordo com a escolha do espaço físico, a maioria dessas atividades ganha bastante em emoção, pois o praticante geralmente está submetido a intempéries, principalmente naqueles esportes em contato com a natureza, ou correndo risco por estar exposto a um ambiente urbanizado cuja finalidade não é a prática esportiva, portanto, estando também sujeito a imprevistos. Não é difícil, então, supor o motivo da nomenclatura desse tipo de modalidade: esportes radicais.

É interessante observar que a gama de esportes radicais atende a todos os perfis de atleta. Alguns requerem um investimento alto para a compra de equipamentos, enquanto outros quase não os utilizam ou têm custos relativamente baixos. O número de praticantes também é bastante flexível, variando de uma pessoa até algumas centenas. Além disso, o próprio local da prática esportiva é diversificado: vai desde praias e mar, passando por ruas e estradas, e chega a sistemas ecológicos ricos, como matas, florestas e montanhas. A escolha depende do gosto de cada um.

Essas modalidades são riquíssimas em benefícios à saúde de seu praticante, mas, para isso, o futuro atleta deve estar atento a alguns fatores. O mais importante é se informar bastante sobre como é a modalidade — por exemplo, quais são os equipamentos necessários para garantir segurança e onde ela pode ser aprendida com instrutores capacitados. Caso não exista nenhuma “escolinha” específica sobre a modalidade, a solução é procurar pessoas que já a pratiquem por um bom tempo e pedir auxílio.

Os profissionais altamente treinados em suas modalidades afirmam que os praticantes que se submetem a riscos desnecessários não são radicais, mas ignorantes! Assim, o ideal é usar o material de segurança e não tentar fazer nada sem saber a conseqüência que pode acarretar. Vale lembrar que, antes de tentar uma manobra ou atitude radical, é sempre bom treiná-la em um ambiente simulado e, de preferência, também controlado por pessoas capacitadas.
Depois de ter tomado esses cuidados, é só aproveitar a sensação prazerosa que os esportes radicais propiciam e o melhor: a possibilidade de aproximação a novas pessoas e, portanto, de surgimento de novas amizades.